Conflito já fez 13 mortos em Israel e 78 no Irão

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O terceiro dia de guerra entre Israel e o Irão trouxe uma nova ronda de ataques de ambas as partes, num conflito sem fim à vista. Depois de uma noite e madrugada em que as forças de Teerão lançaram cerca de 80 mísseis balísticos, Telavive está a retaliar este domingo, levando as autoridades iranianas a ativar os sistemas de defesa aérea na capital e a emitir um aviso à população para que se abrigue em mesquitas, estações de metro e escolas.
O Presidente israelita, Isaac Herzog, revelou este domingo que os ataques iranianos provocaram até agora 13 mortos. “Ao longo dos últimos dois dias, 13 israelitas foram mortos, de diferentes idades, crianças, adultos, idosos e novos imigrantes”, afirmou durante uma visita a Bat Yam, uma cidade de maioria árabe atacada pelo Irão durante a madrugada e onde pelo menos seis pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas com o bombardeamento de um edifício residencial.
“Os mísseis [iranianos] não discriminam entre judeus, muçulmanos ou cristãos”, acrescentou. Falava ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que, segundo o Times of Israel, preferiu não fazer declarações aos jornalistas. Nesta altura, ainda não é claro o número total de feridos em todo o território afetado pelos ataques do Irão.
Novas explosões soaram na manhã deste domingo na capital iraniana e em várias cidades do país. No entanto, Teerão não fez qualquer atualização do número de vítimas do conflito. O último balanço, divulgado no sábado pelo embaixador do Irão na Organização das Nações Unidas (ONU), apontava para 78 mortos e mais de 300 feridos.
A Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) revelou entretanto mais sete baixas de militares de alto escalão, elevando para 15 o número de comandantes mortos nos últimos dias. Os oficiais seriam membros da Força Aeroespacial que gere o programa de mísseis e drones do país, e morreram num ataque de sexta-feira. Já tinha sido anteriormente confirmada a morte do major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior iraniano, sendo por isso a figura no topo das Forças Armadas do Irão, e de Hossein Salami, comandante do IRGC.
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O conflito também já viu envolvido os rebeldes houthis, um grupo apoiado pelo Irão. Na noite passada juntaram-se ao ataque de Teerão a Israel e já foram alvo de retaliação, com Telavive a confirmar que atacou o chefe militar dos houthis. No entanto, para já ainda não saiba o desfecho do ataque.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel sublinhou este domingo que o país vai continuar a campanha militar, que tem sido descrita pelas autoridades israelitas como uma ação “preventiva” face ao perigo de o Irão desenvolver uma arma nuclear. “Ainda há objetivos importantes a cumprir”, sublinhou Gideon Saar durante uma conversa com o homólogo alemão, Johann Wadephul. Por seu turno o Irão, através da Guarda Revolucionária, ameaçou escalar o conflito se Telavive continuar os ataques no seu território.
observador