Quanto eu preciso investir por mês para juntar R$ 50 mil ou R$ 100 mil em 3 anos

Estabelecer uma meta financeira e investir são os primeiros passos para organizar o futuro. Para muitos brasileiros, objetivos como juntar R$ 50 mil ou R$ 100 mil em um prazo de três anos representam a possibilidade de dar um salto de qualidade de vida, seja para a entrada de um imóvel, o início de um negócio ou uma reserva de segurança robusta.

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Atingir esse objetivo ambicioso está menos relacionado a sorte e mais a um planejamento bem executado. Com foco, constância nos aportes e escolhas inteligentes de investimento, é possível transformar um plano em um marco financeiro pessoal.

Planejador financeiro e especialista em investimentos, Jeff Patzlaff calculou qual valor teria de ser guardado por mês no Tesouro Direto para atingir uma destas metas em três anos.

Para o levantamento, foi considerado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 5,35% registrado nos últimos 12 meses e a Selic, a taxa básica de juros, no patamar atual de 15%. Confira a simulação a seguir.

• Para ter R$ 50 mil: R$ 1.150 por mês

• Para ter R$ 100 mil: R$ 2.300 por mês

Para a maior parte dos brasileiros, guardar R$ 2.300 ou até R$ 1.1150 por mês não é possível. Afinal, são quantias bastante elevadas: representam, respectivamente, quase um terço ou dois terços da renda média no país (R$ 3.457).

No entanto, você pode estabelecer metas menores. No entanto, mais do que esperar por uma oportunidade de sorte, o segredo para alcançar metas financeiras reside na força do hábito. Você pode guardar valores menores, como R$ 100, R$ 50 ou até R$ 20.

Com constância, paciência e o poder dos juros compostos, após um tempo, haverá um bom valor acumulado.

Para quem busca uma alternativa segura e acessível aos investimentos tradicionais, como a poupança, o Tesouro Direto se apresenta como uma das opções mais sólidas do mercado. Trata-se de um programa do Tesouro Nacional que permite a qualquer cidadão comprar títulos da dívida pública federal.

Na prática, ao investir, você está emprestando dinheiro para o governo financiar suas atividades, como saúde e infraestrutura, e em troca recebe o valor corrigido com juros, que é a rentabilidade da aplicação. Por ser garantido pelo próprio governo, é considerado o investimento de menor risco do país.

Existem diferentes tipos de títulos, cada um com uma forma de rendimento distinta. O primeiro da simulação é o Tesouro Selic, cuja rentabilidade acompanha a variação da taxa básica de juros da economia. Sua liquidez possibilita resgate a qualquer momento sem perdas. É a escolha ideal para quem pode precisar resgatar o dinheiro de repente sem perdas.

Já o Tesouro IPCA+ conta com uma rentabilidade é híbrida: uma taxa de juros fixa (definida na hora da compra) mais a variação da inflação oficial do país, medida pelo índice IPCA. Dessa forma, o investidor tem a garantia de um ganho real, ou seja, um rendimento sempre acima da depreciação do dinheiro do período.

Por fim, o Tesouro Prefixado, como o nome sugere, rende a taxa de juros definida no momento da compra. Assim, o investidor sabe exatamente qual será o valor bruto que receberá no final do prazo, se mantiver o título até o vencimento.

Tanto o Prefixado como o IPCA+ possuem liquidez apenas na data do vencimento. Assim, caso o investidor precise resgatar antecipadamente, terá de arcar com perdas no seu rendimento e talvez até no valor investido.

Todos os títulos estão sujeitos às mesmas tarifas: uma taxa de custódia de 0,2% ao ano para valores acima de R$ 10 mil, e um Imposto de Renda regressivo cujas alíquotas diminuem ao longo do tempo, conforme exibido abaixo:

• Até 180 dias: 22,5%
• De 181 a 360 dias: 20%
• De 361 a 720 dias: 17,5%
• Acima de 720 dias: 15%

Você pode ver todos os títulos do Tesouro Direto disponíveis no site oficial do programa, neste link.