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Gouveia e Melo pode ser o novo capítulo na longa história de zangas, polémicas e tensões entre militares e políticos?

Gouveia e Melo pode ser o novo capítulo na longa história de zangas, polémicas e tensões entre militares e políticos?

A guerra regressou à Europa, os países rearmam-se, os orçamentos de Defesa crescem, as trombetas tocam e o candidato presidencial português com maiores possibilidades de ser eleito é um militar. O primeiro dia do resto da vida de Henrique Eduardo Passalágua de Gouveia e Melo, 64 anos, acontece nesta quinta-feira, 29, data escolhida para a apresentação oficial da sua candidatura, 99 anos e um dia depois do pronunciamento que instituiu a ditadura militar, precursora do Estado Novo. Cercado pelo sistema partidário, que o vê como um OVNI político, Gouveia e Melo é, segundo os críticos, suspeito de reserva mental e acusado de não ter experiência política. Submarinista de créditos firmados no quadro da NATO, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada, função da qual transitou diretamente para a reserva – descartando a hipótese de ser reconduzido… – e para umas “férias ativas” recheadas de aparições públicas em homenagens, artigos de jornal, conferências e entrevistas, Gouveia e Melo fez o seu caminho, apalpando o terreno das sondagens que, em qualquer caso, contra qualquer adversário e em qualquer cenário de segunda volta lhe dão uma vitória mais do que confortável. A ser eleito, o almirante da Marinha de Guerra portuguesa será o quarto Chefe de Estado oriundo daquele ramo das Forças Armadas, o que, embora ainda deixe a Marinha atrás do Exército, que já forneceu cinco presidentes, permite desempatar com a arma de Cavalaria, que colocou três em Belém. Dos 23 chefes de Estado da História da República Portuguesa, 11 foram militares, mas apenas um deles foi escolhido por sufrágio direto e universal: António Ramalho Eanes, em 1976 e em 1980. Num breve período da Ditadura Militar, entre 1926 e 1928, o cargo era o de Presidente do Ministério (considerando-se Presidente da República ex officio).

Sidónio PaisO condutor de massasO protótipo do “homem a cavalo” que chegou para, supostamente, pôr o País na ordem. Com consciência da importância da imagem e da propaganda, foi um dos mais populares de sempre, tendo sido o único PR em funções assassinado. O martírio ajudou a construir o mito do herói e o sidonismo foi uma nova forma de sebastianismo.

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