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Greve contra indústria de videojogos dos EUA termina

Greve contra indústria de videojogos dos EUA termina

Os membros do sindicato dos atores de Hollywood SAG-AFTRA votaram 95% a favor de um novo contrato com as empresas de videojogos, pondo fim a uma greve que durava há quase um ano. A votação, cujos resultados foram anunciados na noite de quarta-feira, encerra um processo de quase três anos do sindicato para obter um novo contrato para os artistas.

O processo, que incluiu uma greve de 11 meses contra vários grandes fabricantes de jogos, arrastou-se devido ao receio, por parte do sindicato, do impacto da inteligência artificial (IA) nos artistas. Além de proteções contra a IA, o novo contrato prevê aumentos salariais e controlo sobre a imagem dos artistas.

Um acordo provisório tinha sido assinado no início de junho entre o sindicato e um grupo de negociação da indústria composto por várias grandes empresas de videojogos, incluindo a Activision, a Disney Character Voices Inc. e a Electronic Arts.

Entre as empresas afetadas pela greve estão ainda a Epic Games, criadora do jogo Fortnite, a Blindlight, responsável pelo jogo Halo, e a WB Games Inc, criadora do jogo Mortal Kombat 11. Os artistas “sofreram muitos sacrifícios durante a greve de 11 meses”, disse Duncan Crabtree-Ireland, diretor executivo nacional e negociador-chefe do SAG-AFTRA, num comunicado de imprensa.

“Agora que o acordo foi ratificado, os artistas de videojogos poderão desfrutar de ganhos significativos e importantes proteções contra a IA, que continuaremos a desenvolver à medida que as utilizações desta tecnologia se consolidarem e evoluírem”, escreveu Crabtree-Ireland.

A porta-voz das produtoras de videojogos envolvidas no acordo, Audrey Cooling, escreveu que o acordo “proporciona aumentos salariais históricos, as melhores proteções contra a IA do setor e medidas de saúde e segurança melhoradas para os artistas”.

“Estamos ansiosos por consolidar a parceria de décadas do nosso setor com o sindicato e continuar a criar experiências de entretenimento inovadoras para milhares de milhões de jogadores em todo o mundo”, escreveu Cooling.

As empresas devem obter uma autorização escrita do artista para criar uma réplica digital — consentimento que deve ser concedido durante a vida do artista e válido após a morte, salvo limitação em contrário, refere o contrato.

O tempo gasto na criação de uma réplica digital será compensado como tempo de trabalho, de acordo com o acordo. O contrato exige ainda que o empregador forneça ao artista um relatório de utilização que detalhe como a réplica foi utilizada e calcule a remuneração esperada.

O acordo, válido por três anos, garantiu ainda um aumento da remuneração dos artistas de pouco mais de 15%, após a ratificação, e um aumento anual adicional de 3%.

observador

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