Movimentos extremistas estão a ser monitorizados pelas polícias

A governante falava num debate sobre o relatório de segurança interna marcado pela retirada de referências a grupos extrema-direita do documento.
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 foi hoje discutido no parlamento e marcou a estreia de Maria Lúcia Amaral na Assembleia da República como ministra.
Durante o debate, PS, PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN questionaram a ministrada sobre a retirada do capítulo que fazia referência a movimentos de extrema-direita.
Em reposta, a ministra disse que os dados mencionados «foram monitorizados e continuam a ser monitorizados pelas instituições, nomeadamente pela Polícia Judiciária», sublinhando ser «mais importante que essa monitorização continue» do que saber o foi ou não retirado de um relatório que tem contributos de todos os órgãos de polícia criminal.
A governante considerou também que o RASI de 2024 revela «sinais positivos mas também revela dificuldades e desafios que não devem ser ignorados».
Como «sinais positivos» do RASI, a ministra destacou a queda da criminalidade geral, que «indicia que as forças de segurança estão a trabalhar com eficácia e que as medidas adotadas ao longo do último ano estão a dar frutos».
Por sua vez, realçou que os «indicadores preocupantes exigem uma reflexão séria», como «o aumento ainda que não muito expressivo da criminalidade violenta e grave, da criminalidade grupal e delinquência juvenil que tem vindo a crescer desde 2021, aumento dos crimes contra a liberdade sexual, a par da violência contra menores e o «flagelo da violência doméstica».
Maria Lúcia Amaral disse ainda que vai continuar a ser trilhado o caminho do último ano, como a valorização dos elementos das forças de segurança e diminuição da criminalidade violenta e grave.
Barlavento