MP abre inquérito a Vieira por alegada difamação de Proença

O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito contra o antigo presidente do Benfica — e provável candidato às eleições encarnadas de outubro — Luís Filipe Vieira por alegada difamação sobre o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença.
“Confirma-se a instauração de inquérito que teve origem em queixa apresentada”, respondeu a Procuradoria-Geral da República a questões enviadas pelo Observador, acrescentando que a queixa foi submetida “por alegada difamação e denúncia caluniosa”.
A investigação agora aberta no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa foi desencadeada por uma queixa que teve origem na própria FPF, depois de o organismo ter repudiado no sábado as declarações de Vieira e anunciado em comunicado que se reservava o “direito de utilizar todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom-nome, credibilidade e honorabilidade sempre que os mesmos sejam colocados em causa”.
Na base do processo estão as acusações do ex-presidente do clube da Luz, que liderou entre 2003 e 2021, a Pedro Proença, proferidas numa entrevista ao Now na passada sexta-feira. Luís Filipe Vieira alegou que foi “aliciado” pelo atual presidente da FPF antes das eleições para a presidência do organismo com o intuito de demover Nuno Lobo, candidato que acabou por sair derrotado da corrida, de se candidatar.
“Chegou a aliciar-me para determinado candidato não se candidatar. Tinha 15 mil euros de ordenado, carro e quando fosse para a UEFA ele é que ficava como presidente. O que lhe disse? Vou ver. Um dia vamos ter um frente a frente e falamos a sério do futebol português. As palavrinhas mansas não existem. Longe de mim achar que ia dizer isto, mas fiquei indignado. Ele não se pode intrometer nas eleições do Benfica. Já fez tão mal ao Benfica, mesmo como árbitro”, disse Luís Filipe Vieira.
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