Ventura propõe a Montenegro delegação conjunta para analisar legislação laboral

O Chega anunciou, na segunda-feira, que vai propor ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, a criação de uma delegação conjunta para analisar a legislação laboral, com o objetivo de avançar com mudanças já em setembro.
“Vou propor, aliás vou fazê-lo hoje, ainda não o fiz, sinceramente, mas vou fazê-lo hoje [segunda-feira] ao primeiro-ministro (…) que nós criemos uma delegação conjunta de análise das alterações à lei laboral para que, em setembro, se possa dar andamento a isto de forma ponderada e, digamos assim, auto contida”, afirmou o líder do Chega, em Évora.
Na mesma ocasião, o presidente do Chega criticou alguns dos pontos que constam do anteprojeto do Governo para a reforma da legislação laboral. “O Chega não vai aceitar que se acabe ou que se limite o luto gestacional. Isso não faz nenhum sentido. Nós estamos com um problema demográfico, nós não podemos estar a punir ainda mais as mães e a atacar ainda mais a natalidade no nosso país”, referiu Ventura.
Além disso, o partido garantiu que: “Não aceitaremos o fim do luto gestacional — não permitiremos mais ataques às mães portuguesas”.
“A ministra atacou o direito à amamentação e o Chega não vai compactuar com isso. Num país com sérios problemas de natalidade, não devemos penalizar ainda mais as mães e as famílias”, frisou.
De recordar que a 3 de agosto a Ministra do Trabalho, Rosário da Palma Ramalho, disse que: “As crianças parece que continuam a ser amamentadas para dar um horário reduzido”.
O Chega assegurou que “não está aqui para bloquear, mas para construir — defendemos a constituição de uma delegação conjunta”. “Não contem connosco para prejudicar as famílias portuguesas. Não faz qualquer sentido manter leis ultrapassadas dos anos 70. Há condições para que, em setembro, tenhamos nova legislação. Infelizmente, acreditamos que o PS não aceitará nenhuma alteração”.
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