A ciência não se faz apenas em laboratórios. Às vezes é preciso sujar as mãos para aprender

Uma imagem estereotipada de um cientista é alguém de jaleco branco olhando através de um microscópio em um laboratório cheio de tubos de ensaio e equipamentos exóticos.
Embora o trabalho de laboratório seja um elemento importante da pesquisa científica, há um outro lado da ciência em que os pesquisadores saem para a natureza munidos de câmeras, gravadores de som e outros instrumentos para observar ativamente o assunto no qual estão interessados.
Isso pode incluir rastejar sob arbustos para observar uma toca de cães selvagens na África, gravar tartarugas conversando entre si em um icônico parque canadense ou desembrulhar virtualmente antigas múmias incas com scanners de alta tecnologia no Peru.
É claro que tais aventuras podem trazer surpresas, como encontrar bombas não detonadas da Segunda Guerra Mundial enquanto testávamos drones de prospecção de minerais em um pântano perto de Ottawa. Tudo isso faz parte do que torna a ciência empolgante.
O trabalho de campo é onde muitos cientistas coletam dados que depois examinam no laboratório.

Embora alguns possam questionar o propósito de abordar tópicos aparentemente irrelevantes, como a estranha vida sexual dos insetos em uma floresta tropical, todas as investigações científicas são uma tentativa de compreender o funcionamento fundamental da natureza. E ainda há muita coisa que não sabemos, especialmente no que diz respeito a conexões.
Como disse o famoso naturalista John Muir: "Quando alguém puxa uma única coisa na natureza, ele a descobre ligada ao resto do mundo".
A ciência é a ferramenta que usamos para descobrir como os insetos estão conectados à teia da vida que envolve nosso planeta e mostra como a vida está conectada à atmosfera, aos oceanos e a fenômenos geológicos como erupções vulcânicas, todos interagindo para formar o incrível ecossistema chamado Terra.

Em uma escala maior, os astrônomos veem o ambiente máximo do nosso planeta enquanto ele orbita uma estrela junto com centenas de bilhões de outras estrelas ao redor de uma galáxia inimaginavelmente grande, que é uma entre bilhões de outras galáxias que preenchem um universo ainda mais inimaginavelmente vasto que fica maior a cada segundo.
Por 50 anos, Quirks & Quarks vem acompanhando esses avanços científicos semanalmente e o mais notável é que, ao longo desse tempo, as pessoas se interessaram cada vez mais pela ciência e por ouvir os cientistas que a fazem.
É claro que enfrentamos desafios hoje, como mudanças climáticas, aumento populacional, maiores demandas por energia, água e alimentos, enquanto espaços naturais e espécies desaparecem.
Mas a ferramenta para entender e encontrar maneiras de remediar esses problemas é a ciência, e é por isso que é importante ter uma sociedade cientificamente alfabetizada para tomar decisões informadas que levem a soluções sustentáveis.
Esperamos contribuir para isso apresentando a ciência daqueles que a praticam. Fique ligado para um episódio especial em comemoração ao nosso 50º aniversário em outubro. Aguardaremos novas descobertas em diversos campos da ciência para ver o quanto avançamos desde que fomos ao ar pela primeira vez em 1975.
Ainda há muito a aprender sobre o universo, desde a natureza da matéria escura e da energia escura, até as origens da vida e a existência de vida em outros planetas, e como os humanos podem prosperar em um mundo em transformação. Seja lá o que os olhos da ciência vejam, Quirks estará lá para lhe contar.
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