Vinte anos de força: uma carta de amor ao TechCrunch

O TechCrunch está completando 20 anos. Estou aqui há metade desse tempo. Trabalhei anteriormente em várias grandes empresas de mídia, incluindo Time Inc, Dow Jones e Reuters; este tem sido o melhor emprego da minha vida, e talvez seja por isso que o tempo passou tão rápido.

Não há nada como a cultura daqui. Contraditória, inteligente, hilária e trabalhadora. Quase todo mundo na TC desempenha múltiplas funções, como qualquer pessoa que já trabalhou aqui pode confirmar. Esta não é apenas mais uma empresa de mídia — é um lugar onde as pessoas são curiosas sobre tudo, todos se importam imensamente com a marca (e uns com os outros) e onde desafiar a sabedoria convencional não é apenas incentivado, mas esperado.

Na última década, tive a oportunidade de entrevistar pessoalmente algumas pessoas incríveis: Sam Altman, Marc Andreessen, Lina Khan, Conan O'Brien, Al Gore, a finlandesa Sanna Marin, além de pessoas que criam tecnologia de defesa, constroem gigantes do setor de consumo e vendem suas empresas de software por bilhões de dólares. Meus colegas conversaram coletivamente com milhares de outros cujo impacto em nossas vidas é sentido diariamente. A partir dessas conversas, aprendemos — e depois explicamos aos nossos leitores — como tecnologia, políticas públicas e ambição humana se interconectam para moldar o mundo.

Fizemos isso de nossas casas, de cafeterias, de escritórios, mas também do outro lado do mundo, para os muitos lugares que o TechCrunch nos levou, de Lisboa, Londres, Berlim, Barcelona, ​​Paris e Davos até (quase) o extremo oposto do globo: Lagos, Nairóbi, Hong Kong e Hangzhou.

Por essas cidades, conversamos com fundadores que se tornaram superestrelas e superestrelas que se tornaram presidiários. Vimos tecnologias tediosas dominarem o mundo e celebramos tecnologias que se transformaram em incêndios em lixeiras.

Vimos indústrias inteiras nascerem, amadurecerem e, às vezes, definharem. Vimos startups de duas pessoas se tornarem empresas trilionárias. Cobrimos inovações empresariais. Reportamos avanços que mudaram tudo. Também cobrimos "avanços" que se transformaram em bupkis.

E ainda estamos aqui. Só nas últimas semanas, a TC conversou com o primeiro-ministro da Grécia e o prefeito de São Francisco; também cobrimos grandes histórias envolvendo os mais proeminentes investidores de risco, fundadores de startups e grandes empresas de tecnologia do setor. Eu compararia nossa cobertura de transporte, startups, segurança cibernética e IA à de qualquer um.

Vivemos tempos difíceis na mídia; ela está entre os setores em constante transformação. Mas, para todos que escreveram com entusiasmo sobre o suposto fim da TC, ainda estamos aqui. Vinte anos depois, ainda estamos divulgando as notícias que importam, ainda responsabilizando os poderosos, ainda encontrando a próxima grande novidade antes que se torne óbvia para todos os outros.

Michael Arrington, obrigado por criar esta marca que se tornou muito mais do que qualquer um de nós poderia imaginar. Obrigado a todas as empresas-mãe que nos apoiaram e nos ajudaram a continuar fazendo o que amamos, incluindo, hoje, a Regent. A administração da TC mudou ao longo dos anos, mas nossa missão de encontrar o sinal em meio ao ruído e contar histórias que importam permanece a mesma.

Um brinde à perspectiva que vinte anos lhe dão, e a mais vinte anos fazendo perguntas difíceis, ajudando os leitores a enxergar além das esquinas e trabalhando com pessoas que fazem até os dias mais difíceis valerem a pena.

A todos que fizeram parte desta história — escritores, editores, fontes, leitores, participantes, palestrantes, críticos e torcedores — obrigado por fazer do TechCrunch o que ele é, um lugar para pessoas que querem entender o que está por vir, que acreditam firmemente que a tecnologia pode tornar o mundo melhor — e que confiam em nós para denunciar quando isso não acontece. Agradecemos a vocês.