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Em análise: O Ministério Público investigará Luis Carlos Reyes por sua gestão na Dian.

Em análise: O Ministério Público investigará Luis Carlos Reyes por sua gestão na Dian.

Luis Carlos Reyes, ex-diretor do Dian.

Cortesia - API

A Procuradoria-Geral da República anunciou nesta sexta-feira, 11 de julho, que abriu um inquérito disciplinar contra o ex-diretor da Direção Nacional de Impostos e Alfândegas (DIAN), Luis Carlos Reyes, por supostas irregularidades na formulação e cálculo mensal das metas de arrecadação de impostos para 2024.

O processo também envolve David Gustavo Suárez Castellanos, vice-diretor de Estudos Econômicos da entidade, e Guillermo Alberto Sinisterra Paz, diretor de Gestão Estratégica e Análise, e buscará priorizar se esses funcionários ignoraram os avisos sobre suas projeções de receita enquanto estavam na entidade.

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A medida disciplinar, liderada pela Procuradoria-Geral Adjunta de Economia e Finanças Públicas, surgiu após uma queda substancial na arrecadação entre janeiro e maio de 2024, superior a 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. O órgão explicou que "essa diferença gerou alarme entre os tributaristas e o próprio governo, pois poderia comprometer o cumprimento da regra fiscal, que exige que o estado mantenha certos níveis de sustentabilidade em sua gestão orçamentária".

De acordo com as informações coletadas pelo órgão de supervisão, as metas teriam sido construídas com base em premissas distantes da realidade macroeconômica e careciam de suporte técnico adequado, levantando questionamentos sobre a qualidade do planejamento da entidade. Além disso, sua análise preliminar avalia se os funcionários não demonstraram rigor técnico, desconheceram os princípios de planejamento e responsabilidade fiscal e ignoraram as advertências emitidas pelo Ministério da Fazenda.

Luis Carlos Reyes

Luis Carlos Reyes, ex-diretor do Dian.

Cortesia - API

Esta investigação, solicitada por grupos de oposição em diversas ocasiões, coloca em questão um dos pilares da política econômica do governo nacional: o sistema de projeção e monitoramento da arrecadação de impostos, que serve de base para estimar receitas, formular orçamentos e estabelecer limites de gastos.

Para as autoridades, uma superestimação sem fundamentos sólidos pode distorcer a percepção da disponibilidade fiscal e comprometer decisões importantes de investimento e financiamento; é por isso que elas serão revisadas.

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Luis Carlos Reyes assumiu a chefia do Dian em agosto de 2022, como parte dos esforços do governo Petro para modernizar a administração tributária. Sua formação técnica e relacionamento próximo com o Ministro José Antonio Ocampo lhe deram apoio institucional em seus primeiros meses.

No entanto, com o tempo, as metas de receita projetadas pela entidade começaram a ser analisadas por analistas, sindicatos e órgãos técnicos, como o Comitê Autônomo de Regras Fiscais (CARF), que na época alertou sobre suposições excessivamente otimistas nos cálculos oficiais.

Ministério Público

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Entre as principais preocupações está o fato de que, apesar da desaceleração econômica, os aumentos projetados na arrecadação de impostos não se concretizaram, especialmente nos primeiros meses do ano. Essa situação foi relatada em documentos internos do Ministério da Fazenda, que alertaram para a necessidade de ajuste de metas e adoção de medidas corretivas tempestivas, segundo a Procuradoria-Geral da República.

Além do impacto fiscal, a queda na arrecadação impactou o fluxo de caixa do governo , o cumprimento de compromissos financeiros e a implementação de programas sociais. Também levou o Tesouro a recorrer com mais frequência a fontes de financiamento, como instrumentos de refinanciamento de curto prazo (TCOs), gerando novas tensões no mercado de dívida.

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A Procuradoria-Geral da República agora avaliará se os funcionários da DIAN cometeram infrações disciplinares no exercício de suas funções e se foram negligentes, imprudentes ou desconsideraram advertências técnicas. Caso sejam apurados os méritos, poderão ser aplicadas sanções administrativas, que vão desde a suspensão até a inabilitação para o exercício de cargos públicos.

O arquivo ainda está em estágios preliminares, mas reflete a necessidade subjacente de fortalecer os sistemas técnicos de projeção fiscal, protegê-los de viés político e garantir uma coordenação eficaz entre as principais entidades estatais.

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