Ouro cai à espera de notícias sobre tarifas

Os preços do ouro caíram na terça-feira, enquanto os comerciantes aguardavam atualizações de tarifas, enquanto um relatório de inflação mostrou um aumento amplamente esperado nos preços ao consumidor nos EUA no mês passado.
O ouro à vista caiu 0,4%, para US$ 3.329,11 a onça, enquanto os futuros dos EUA caíram 0,7%, para US$ 3.336,90.
O dólar subiu 0,5%, tornando o ouro mais caro para compradores que possuem outras moedas.
"Acredito que o mercado continua focado nas tarifas, o que mantém o ouro sob pressão. Continuo otimista em relação ao ouro, embora estejamos dentro da faixa em que ele está desde meados de maio", disse Peter Grant, vice-presidente e estrategista sênior de metais da Zaner Metals.
No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas mais altas, incluindo 30% sobre as importações da União Europeia e do México.
Dados divulgados na terça-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,3% em junho, em linha com as expectativas, após alta de 0,1% em maio. Foi o maior aumento desde janeiro.
"Honestamente, o ouro deveria estar mais aquecido. Isso parece reforçar a visão de que precisamos de um novo motor para levar o ouro de volta acima de US$ 3.400", disse Tai Wong, um trader independente de metais.
Investidores aguardam os dados do índice de preços ao produtor dos EUA na quarta-feira. O ouro, um ativo de refúgio seguro em tempos de incerteza econômica e geopolítica, tende a prosperar em ambientes de juros baixos, pois não oferece rendimento.
Entre outros metais, a prata à vista caiu 1,2%, para US$ 37,69 a onça, após atingir seu maior nível desde setembro de 2011 na segunda-feira. A platina caiu 0,2%, para US$ 1.361,46, enquanto o paládio valorizou-se quase 1%, para US$ 1.204,53.
Cobre em alta
Os preços do cobre subiram ligeiramente na terça-feira, impulsionados pelos fortes dados de produção industrial da China, o maior consumidor do metal, o que compensou o aumento dos estoques nos armazéns licenciados pela London Metal Exchange (LME) e um dólar mais forte.
O cobre de três meses na LME subiu 0,2%, para US$ 9.640 a tonelada métrica.
O cobre, usado em energia e construção, caiu 2,4% até agora em julho, tendo recuado da máxima de três meses de US$ 10.020 por tonelada atingida no início deste mês.
Poderemos ver uma queda para cerca de US$ 9.585 no curto prazo, disse Dan Smith, diretor administrativo da Commodity Market Analytics.
Eleconomista