Danos cardíacos e pulmonares causados ​​por incêndios

Céus sufocados pela fumaça dos incêndios florestais podem afetar a saúde cardíaca e pulmonar das pessoas por até três meses, de acordo com um estudo recente relatado pelo HealthDay News.

A poluição por partículas criada por incêndios florestais continua aumentando o risco de hospitalização das pessoas por meses após a fumaça se dissipar, relataram pesquisadores na edição de 28 de maio do periódico Epidemiology.

“Mesmo exposições breves a incêndios menores, com duração de apenas alguns dias, podem levar a efeitos duradouros na saúde”, disse o pesquisador principal Yaguang Wei em um comunicado à imprensa.

Wei é professor assistente de medicina ambiental na Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, na cidade de Nova York.

Os resultados também mostraram que o risco aumenta à medida que a quantidade de poluição por fumaça aumenta.

No estudo, os pesquisadores analisaram registros de hospitalização de residentes de 15 estados entre 2006 e 2016: Arizona, Colorado, Delaware, Geórgia, Iowa, Kentucky, Michigan, Minnesota, Carolina do Norte, Nova Jersey, Nova York, Oregon, Rhode Island, Washington e Wisconsin.

Os resultados

No total, os dados incluíram mais de 13,7 milhões de hospitalizações por doenças cardíacas e quase 8 milhões por problemas respiratórios.

Os pesquisadores descobriram que o risco dessas hospitalizações aumentou dentro de três meses de exposição à fumaça dos incêndios florestais.

Esses resultados mostram que prevenir incêndios florestais também protegerá a saúde pública, disseram os pesquisadores.

“Os incêndios florestais podem durar semanas ou um mês, e a fumaça (poluição particulada) pode permanecer no ar por longos períodos, o que pode manter o ar tóxico mesmo após o fim do incêndio florestal”, disse Wei.

“As estratégias atuais para combate a incêndios florestais estão desatualizadas e são ineficazes”, acrescentou. “Por exemplo, queimadas prescritas podem reduzir o risco de incêndios florestais, mas são usadas principalmente para proteger propriedades e não para proteger a saúde pública. É preciso dedicar mais esforços ao manejo de incêndios florestais, em vez de depender apenas das estratégias tradicionais de controle da qualidade do ar em resposta ao aumento da atividade de incêndios florestais.”