Invima emite alerta sobre lote falsificado de medicamento contra o câncer na Colômbia: pede suspensão do uso

O Instituto Nacional de Vigilância de Medicamentos e Alimentos (Invima) emitiu um alerta sanitário na terça-feira após detectar a circulação na Colômbia de um lote falsificado do medicamento oncológico MABTHERA® Vial 500 mg/50 mL. O produto identificado corresponde ao lote N7747, com data de fabricação em outubro de 2023 e validade em outubro de 2026.
O alerta veio após a empresa farmacêutica F. Hoffmann-La Roche Ltd., detentora do registro sanitário, informar que o lote não consta nas apresentações aprovadas nem na Colômbia nem no México, confirmando seu caráter fraudulento.

O instituto confirmou a circulação fraudulenta do MABTHERA® 500 mg/50 mL, com número de lote N7747. Foto: iStock
De acordo com o Invima (Instituto Nacional de Administração de Alimentos e Medicamentos), a embalagem do produto falsificado apresenta diversas irregularidades em comparação com a original. Entre elas, estão variações no design gráfico e na tipografia, erros ortográficos como "infusion" em vez de "infusion" (em itálico) ou "public" em vez de "publico", alterações no rótulo holográfico prateado que não correspondem às dimensões ou ao código QR , bordas cortadas nos rótulos e inconsistências no código de barras da caixa.
"Esta descoberta nos alerta para os sérios riscos que os medicamentos falsificados representam para a saúde dos colombianos. O medicamento legítimo, MABTHERA® Solução Concentrada para Infusão 500 mg/50 mL, possui registro sanitário válido na Colômbia e é distribuído exclusivamente pela autoridade sanitária registrada", afirmou William Saza Londoño, coordenador do Grupo de Farmacovigilância Invima.
O lote fraudulento de MABTHERA® apresenta erros na embalagem e nos rótulos. Foto: Invima
A agência instou pacientes, cuidadores e profissionais de saúde a se absterem de comprar ou usar o lote falsificado, verificarem a autenticidade dos medicamentos no site oficial da Invima e denunciarem quaisquer canais de comercialização suspeitos às autoridades. Também recomendou a suspensão imediata do consumo do produto, caso tenha sido adquirido, e a notificação de possíveis eventos adversos pelo e-mail [email protected] ou pela plataforma VigiFlow.
A organização também instou os departamentos de saúde territoriais, as operadoras privadas de planos de saúde (IPS) e os estabelecimentos farmacêuticos a reforçarem as medidas de inspeção e controle para impedir a distribuição do produto adulterado. Instou também os programas de farmacovigilância a buscarem ativamente possíveis reações adversas associadas ao consumo do lote em questão.
A Invima reiterou que o único canal autorizado para a venda do MABTHERA® na Colômbia é o detentor do registro sanitário e seu importador oficial, e instou os cidadãos a sempre comprarem medicamentos por meio de fontes verificadas.
Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
eltiempo