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Você está com tosse há mais de dois meses e, não importa o que faça, ela não passa? Estes são os riscos da tosse crônica

Você está com tosse há mais de dois meses e, não importa o que faça, ela não passa? Estes são os riscos da tosse crônica
Após a pandemia da COVID-19, milhares de pessoas ao redor do mundo sofreram com sintomas de tosse crônica. Essa condição, de acordo com o pneumologista da Clínica Mayo, Jorge Pascual, ocorre quando uma pessoa apresenta o reflexo de tosse involuntário por mais de oito semanas, o que pode ser causado por vários fatores, incluindo alergias, sinusite, asma, doença do refluxo gastroesofágico ou infecções.

Após a pandemia de COVID, os casos de tosse crônica aumentaram. Foto: Milton Díaz. O TEMPO

Segundo Pascual, um dos maiores especialistas do mundo no assunto e atualmente fundador de uma clínica especializada nessa doença, a tosse crônica pode até ser fatal. Segundo dados de um estudo científico publicado na revista Archivos de Bronconeumología, a prevalência de tosse crônica na população em geral varia entre 3,3% e 12%, dependendo de fatores como tabagismo e poluição ambiental.
Na Colômbia, no entanto, a prevalência específica desta doença é desconhecida devido à falta de estudos epidemiológicos abrangentes. Um dos estudos mais relevantes sobre o tema, publicado na revista científica da Faculdade de Medicina da Universidade Militar Nueva Granada, investigou a prevalência de sintomas respiratórios em uma população do Vale do Cauca e constatou que a prevalência de tosse na população estudada foi de 18,1%.
Pascual, que tem 26 anos de experiência como pneumologista, concentrou parte de sua prática médica na tosse crônica, uma condição que muitas vezes é negligenciada, mas que pode prejudicar seriamente a qualidade de vida de uma pessoa. Em entrevista ao EL TIEMPO, ele afirmou ter visto casos em que pacientes sofreram fraturas ou isolamento social devido a episódios de tosse persistente.

Jorge Pascual, pneumologista da Clínica Mayo. Foto: Clínica Mayo

“Já vi pacientes desmaiarem de tosse, quebrarem costelas e perderem peso por vômitos. E o aspecto social é muito difícil. Desde a pandemia, tossir em público tem gerado rejeição. Não é apenas um incômodo: pode destruir a vida social e emocional de uma pessoa”, ressalta Pascual.
Segundo o especialista, se uma pessoa apresentar tosse por mais de oito semanas, ou quatro semanas no caso de uma criança, ela deve consultar um clínico geral para fazer exames básicos: raio-X, exame de sangue e teste de alergia. Se a causa da doença não puder ser encontrada por meio desses exames, você deverá consultar um pneumologista com experiência em tosse crônica.
"Após a pandemia de COVID-19, os casos de tosse crônica aumentaram, especialmente em pacientes que desenvolveram cicatrizes pulmonares. O vírus desapareceu, mas os danos persistem, causando tosse prolongada", enfatiza o especialista.

Consultar um pneumologista é essencial para tratar a tosse crônica. Foto: iStock.

Na opinião dele, embora em muitos casos a tosse crônica esteja diretamente relacionada a condições físicas claras, há casos em que essa doença é causada por outros fatores, por isso é importante procurar um pneumologista ou clínica que possa analisar todos os fatores.
É importante encontrar alguém disposto a ir além do caminho convencional. Se descartarmos causas comuns e não houver doença orgânica, o problema pode estar no cérebro: uma 'hipersensibilidade do centro da tosse'. Nesses casos, usamos medicamentos específicos e a melhora costuma ser perceptível”, acrescenta a pesquisadora.
Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
eltiempo

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