Os nomeados pelo Sejm para o Conselho de Política Monetária são historicamente os mais moderados

Membros do Conselho de Política Monetária indicados pela mesma instituição têm maior probabilidade de votar da mesma forma do que aqueles indicados por instituições diferentes, de acordo com pesquisa realizada por economistas da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Varsóvia, publicada no European Journal of Political Economy. Os indicados pelo Sejm têm sido historicamente os mais conservadores, enquanto os indicados pelo Senado têm sido os mais conservadores.
Os resultados da nossa análise empírica sugerem que o canal institucional de nomeações está fortemente correlacionado com os padrões de votação sobre taxas de juros no Conselho de Política Monetária da Polônia. Mais especificamente, constatamos que indicados pela mesma instituição têm maior probabilidade de votar da mesma forma do que indicados por instituições diferentes. É importante ressaltar que a relação que encontramos parece ser distinta da influência do partidarismo político. Outros fatores que parecem apoiar a votação em bloco no Conselho de Política Monetária incluem a proximidade das eleições e o fato de a votação ter ocorrido quando a inflação estava acima da meta", concluiu o estudo.
Nossos resultados também mostram que os indicados pela câmara baixa do parlamento, o Sejm, são os mais conservadores, enquanto os indicados pela câmara alta, o Senado, são os mais conservadores. Em contraste, os indicados pelo presidente tendem a estar no meio do espectro. Isso sugere que a nomeação de membros do Comitê de Política Monetária (MPC) por três instituições diferentes promove a diversidade de visões sobre política monetária", acrescentou o relatório.
O estudo também sugere que a votação em bloco entre indicados de uma única instituição pode ser usada estrategicamente para influenciar o resultado da votação.
O estudo foi escrito pelos economistas da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Varsóvia, Jan Fałkowski, Jacek Lewkowicz, Bartosz Słysz e Łukasz Hardt. Este último foi membro do Conselho de Política Monetária de 2016 a 2022.
Os membros do MPC, em número igual (três cada), são indicados pelo Sejm, pelo Senado e pelo Presidente. O MPC também inclui o Presidente do Banco Nacional da Polônia, nomeado pelo Presidente com o consentimento do Sejm. (PAP Biznes)
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