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Guiana denuncia disparos vindos da Venezuela contra barco

Guiana denuncia disparos vindos da Venezuela contra barco

A Guiana denunciou tiros disparados da Venezuela contra um barco guianês que transportava material eleitoral para as eleições presidenciais desta segunda-feira, na região fronteiriça de Essequibo, que é reivindicada por Caracas.

“A patrulha ripostou imediatamente” e não houve feridos, anunciaram o exército e a polícia, especificando que o incidente ocorreu por volta das 14h30 de domingo (18h30 em Lisboa) na cidade de Bamboo, na fronteira com o rio Cuyuni.

“Apesar do incidente, a equipa continuou a sua viagem em segurança e todas as restantes urnas foram entregues com sucesso às suas mesas de voto”, concluiu o comunicado conjunto.

A Guiana realiza eleições para eleger um novo Presidente e um novo Parlamento no país de 850 mil habitantes, que possui as maiores reservas de petróleo per capita do mundo. A maioria destas reservas está localizada junto ao rio Essequibo.

Esta não é a primeira vez que um dos dois países denuncia disparos contra os respetivos navios, embora cada capital se tenha abstido de acusar as forças armadas da outra.

A declaração de domingo referia-se apenas a tiros “vindos da costa venezuelana”. No passado, foram mencionados “homens armados”.

O Presidente cessante da Guiana, Irfaan Ali, que recebeu o apoio dos Estados Unidos na disputa entre os dois países, assumiu uma posição firme contra a Venezuela, que relançou as reivindicações sobre o território de Essequibo em 2019, após a descoberta de novas reservas de hidrocarbonetos.

A Guiana defende que a atual fronteira, que data da era colonial britânica, foi ratificada em 1899 e pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que a ratifique.

A Venezuela, que não reconhece a jurisdição do TIJ, sustenta que o rio Essequibo, situado mais a leste, deveria ser a fronteira natural, como era em 1777, durante a colonização espanhola, e exigiu negociações, algo rejeitado pela Guiana.

A tensão entre os dois países aumentou depois de os Estados Unidos mobilizarem mais de quatro mil militares, incluindo aproximadamente dois mil fuzileiros navais, juntamente com aeronaves e navios lança-mísseis, para patrulhar as águas próximas da Venezuela e das Caraíbas, alegadamente para combater os cartéis de droga.

Com submarinos nucleares e navios de guerra, Trump cerca militarmente a Venezuela. Pode levar ao fim do regime de Maduro?

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, garantiu na semana passada que a iniciativa de Washington conta com o apoio de vários países, incluindo a Guiana, e que os governos da região manifestaram disponibilidade para colaborar em ações conjuntas contra o narcotráfico.

O Governo norte-americano responsabiliza diretamente o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pelo narcotráfico na região.

A Administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que “está preparada para usar todo o poder dos Estados Unidos” para conter o narcotráfico da Venezuela e levar os responsáveis à justiça, sem descartar a ação militar.

VQ (BC/DMC) // APL

Lusa/Fim

observador

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