Um amor verde que voltou a fazê-los vibrar
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Um jogo foi o suficiente para o fator casa ser anulado. Ao contrário do que se esperava e do que tem sido habitual no passado-recente da modalidade, o Benfica chegou ao Pavilhão João Rocha e levou de vencido o Sporting, ainda que o triunfo só tenha aparecido nas grandes penalidades (4-4, 3-5 g.p.). Na verdade, as águias já tinham avisado os leões nas duas partidas da fase regular, em que conseguiram dois empates, e a fase irregular da equipa de Nuno Dias neste final de temporada parece estar a trazer frutos aos comandados de Cassiano Klein. Desta forma, os encarnados sabiam que “só” precisavam de vencer as partidas do Pavilhão da Luz para recuperarem o título que lhe foge desde 2019. Em sentido inverso, a turma de Alvalade estava obrigada a triunfar em casa do rival para manter o fator casa no caminho rumo ao pentacampeonato.
Apesar do equilíbrio e de mais um grande espectáculo apresentado pelos rivais lisboetas, o que se seguiu ao dérbi foi uma troca de acusações em jeito de comunicados, com o Benfica a acusar a equipa de arbitragem de “critérios disciplinares díspares e com prejuízo” próprio, “favorecendo a equipa do Sporting” numa “tendência para alterar a verdade desportiva”. Em resposta, o Sporting acusou o rival de promover um “grito de desespero, marcado pela criação de uma narrativa na qual apenas os próprios poderão acreditar, se é que verdadeiramente acreditam”. “O Sporting considera saudável e necessário que o seu domínio no futsal seja desportivamente desafiado. Esse desafio deve acontecer unicamente dentro das quatro linhas e não através de comunicados que atentam contra a verdade”, concluíram os leões. O dérbi continuou, assim, a ser jogado fora das quadras.
“Acredito que vão ser todos jogos decididos nos detalhes, por milímetros. E temos de competir muito. É uma expressão que usamos bastante: ir ao limite. Não há outra forma de competir contra o nosso adversário que não seja no máximo. Temos feito isso bem nos últimos jogos, o que foi positivo. Agora temos um novo jogo, um novo capítulo, e temos de ir além disso. A grande novidade vai ser sempre a entrega. É algo que não é palpável, que está dentro do atleta, na sua parte intrínseca. Pode estudar-se o que for que o adversário faz, e isso é uma parte importante, mas o comportamento, a entrega, isso não dá para medir”, perspetivou o técnico brasileiro.
“Todos os dérbis têm momentos altos e baixos das duas equipas. Há momentos em que vamos estar por cima, há momentos em que não vamos estar por cima e nos momentos em que não vamos estar por cima temos de nos superar e de estar preparados para as dificuldades. Temos de nos unir para que o Benfica, nos momentos menos bons da nossa parte, não consiga marcar. Naquilo que tem a ver com os momentos melhores e em que vamos estar por cima, que também vão acontecer certamente, teremos de ser mais eficazes e aproveitar as nossas oportunidades. Estes dérbis, estes jogos de finais, são assim. Vai haver momentos de altos e baixos. Nos momentos baixos teremos de nos superar para não sofrer e nos momentos altos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguirmos chegar à vantagem e ao resultado que queremos”, afirmou o homólogo português.
Hoje é dia de dérbi, na ???????????????????? da Liga Placard ????
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Num Pavilhão da Luz a rebentar pelas costuras de parte a parte, Klein começou com Léo Gugiel, Afonso Jesus, André Coelho, Arthur e Lúcio Rocha no cinco inicial, ao passo que Dias ficou privado de Taynan e Pauleta e voltou a contar com Henrique Rafagnin, mas manteve Bernardo Paçó na baliza, atrás de Diogo Santos, Alex Merlim, Tomás Paçó e Zicky Té. Os encarnados voltaram a ter uma entrada mais afirmativa e, nos instantes iniciais, Jacaré aproveitou um erro clamoroso de Merlim para inaugurar o marcador (3′). Contudo, a resposta foi praticamente imediata, com Paçó a sair da baliza e a subir no terreno, servindo Rocha para o empate, com um remate à meia-volta. Pouco depois, Silvestre Ferreira fez mais um golo, mas o lance acabou anulado por recurso ao video support, já que Paçó terá defendido em cima da linha de golo (10′).
A partir daí, os leões cresceram no desafio e, depois Rocha atirar à barra (10′), Tomás Paçó colocou o Sporting pela primeira vez em vantagem nesta final, com um grande pontapé na sequência de um livre curto de Merlim (12′). Nos últimos minutos do primeiro tempo, Wesley Reinaldo tentou de longe, mas Gugiel defendeu com a perna, antes de Merlim, numa jogada de fora para dentro, obrigar o brasileiro a nova intervenção (15′). Depois das pausas técnicas dos dois treinadores, o jogo acalmou e só animou quando Paçó voltou a beneficiar de um livre na mesma zona em que marcou, mas desta feita Gugiel levou a melhor (20′), segurando a desvantagem pela margem mínima ao intervalo (1-2).
#FutsalSCP | ⏸️ Os Leões recolhem aos balneários em vantagem no marcador. ⚽️ Rocha e Tomás Paçó.
???? 1-2 ???? // #SLBSCP pic.twitter.com/gfjUI7dG77
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No recomeço, a equipa de Nuno Dias voltou a supriorizar-se e ficou perto de marcar por Diogo Santos (22′) e Merlim (23′). A resposta saiu dos pés de Arthur, com Paçó a defender (26′), e de Ivan Chishkala, que tentou servir Silvestre ao meio, mas o português chegou atrasado, desperdiçando a excelente posição (27′). Com o jogo cada vez mais equilibrado e a entrar na parte decisiva, os verde e brancos voltaram a mostrar-se letais no contra-ataque, com Zicky a isolar-se e a oferecer o golo a Diogo, que só teve de encostar (33′). Cassiano Klein respondeu de imediato e lançou Chishkala como guarda-redes avançado e, na ocasião mais clamorosa, Arthur falhou o golo de forma escandalosa, em cima da linha e com a baliza à sua mercê (37′). O resultado não se alterou e o Sporting empatou a eliminatória, antes de voltar ao João Rocha (1-3, 1-1).
#FutsalSCP | ⏹️ Os Leões venceram o SL Benfica por 1-3 e empataram a ???????????????????? da Liga Placard ???????? Jogo 3, no Pavilhão João Rocha, dia 22/6 às 18h00.
⚽️ Rocha, Tomás Paçó e Diogo Santos.
???? 1-3 ???? // #SLBSCP pic.twitter.com/UqenChzKKd
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