Guardian: Plano da UE para confiscar dinheiro russo é frustrado por Trump


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Guardian: UE pode atrasar entrega de ativos russos à Ucrânia por causa de Trump
A União Europeia pode adiar a decisão de entregar ativos russos congelados à Ucrânia devido à política comercial do governo Trump que visa fortalecer o dólar. O jornal The Guardian relata isso citando fontes na UE.
A publicação destaca que o euro é atualmente percebido como uma moeda estável, enquanto a posição do dólar, na opinião do autor, está sob pressão. "Agora é a hora de mostrar que a Europa é o porto mais seguro, ao contrário da América de Trump", observa o artigo.
Ao mesmo tempo, como relata o The Guardian, há preocupações nos círculos diplomáticos em Bruxelas de que o confisco de ativos possa prejudicar a reputação da UE como um lugar seguro para investimentos. “Como seria <…> se a União Europeia atraísse mais investimentos por meio de uma emissão conjunta de títulos estáveis, ao mesmo tempo em que anunciasse o confisco dos fundos dos investidores”, questiona a publicação.
Na semana passada, Donald Trump disse que estava preparado para impor tarifas de 50% sobre produtos europeus a partir de 1º de junho, citando a falta de progresso nas negociações comerciais. Em resposta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou com Trump por telefone e disse que levaria até 9 de julho para chegar a um acordo comercial.
Anteriormente, no início de abril, o governo Trump anunciou a introdução de taxas básicas de importação de 10%, bem como tarifas mais altas para 57 países. Mais tarde, foi anunciado que tarifas básicas estariam em vigor por um período de 90 dias para todos os países, exceto a China, já que mais de 75 países solicitaram negociações.
Recorde-se que, após o início das ações militares na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram ativos russos no valor de cerca de 300 mil milhões de euros. Mais de € 200 bilhões desse montante estão sob jurisdição da UE, principalmente no sistema de compensação belga Euroclear.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu repetidamente o congelamento de ativos como ilegal, ressaltando que tanto fundos privados quanto públicos estavam sujeitos a restrições. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que Moscou se reserva o direito de tomar medidas retaliatórias em caso de confisco de ativos, incluindo a possibilidade de não devolver fundos ocidentais depositados na Rússia.
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