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Futuros de ações caem após Moody's rebaixar classificação de crédito dos EUA

Futuros de ações caem após Moody's rebaixar classificação de crédito dos EUA

Os futuros de ações caíram antes do sino de abertura na segunda-feira, depois que a classificação de crédito dos EUA foi rebaixada pela Moody's Ratings na sexta-feira.

Às 8h30 (horário de Brasília), os futuros do S&P 500 haviam caído 65 pontos, ou 1,1%, enquanto os futuros do Dow Jones Industrial Average recuaram 252 pontos, ou 0,6%. Os futuros do Nasdaq Composite, com forte presença de empresas de tecnologia, recuaram 1,5%. O dólar americano também se desvalorizou, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram.

A notícia de uma pausa de 90 dias nas altas tarifas entre os EUA e a China reforçou a confiança dos investidores na semana passada, levando a uma recuperação em Wall Street. Mas o anúncio da Moody's de um rebaixamento da classificação de crédito na sexta-feira à noite ameaçou tirar um pouco do ânimo dos investidores.

Ao rebaixar sua classificação de crédito nos EUA de Aaa para Aa1, a Moody's previu que os déficits federais aumentarão para quase 9% da economia americana até 2035, ante 6,4% em 2024, impulsionados principalmente pelo aumento dos pagamentos de juros da dívida, pelo aumento dos gastos com direitos assistenciais e pela baixa geração de receita tributária. A Moody's foi a última das três principais agências de classificação de crédito a rebaixar a dívida pública do país.

A decisão da Moody's "não foi nenhuma surpresa", disse Adam Crisafulli, analista de ações e chefe da Vital Knowledge, em uma nota de pesquisa.

"Mas serviu para lembrar aos mercados, que se tornaram bastante complacentes e caros nas últimas semanas, que há um sério problema fiscal que precisa ser considerado (além do problema tarifário existente)", acrescentou.

Além de refletir preocupações com tarifas, o rebaixamento da Moody's também evidenciou a apreensão de que o projeto de lei de reconciliação no Congresso, apelidado de "grande e belo projeto de lei" pelo presidente Trump, possa alimentar ainda mais a dívida dos EUA, afirmou John Canavan, analista da Oxford Economics, em nota de pesquisa. O projeto de lei provavelmente aumentará o limite legal da dívida em US$ 4 trilhões, de acordo com o Bipartisan Policy Center.

As preocupações com a dívida surgem em meio à queda constante da confiança do consumidor. O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, divulgado na semana passada, mostrou que a confiança do consumidor caiu novamente em maio, com os americanos preocupados com o impacto da guerra comercial na inflação.

Maria Cunningham

Mary Cunningham é repórter da CBS MoneyWatch. Antes de ingressar na área de negócios e finanças, trabalhou no "60 Minutes", no CBSNews.com e no CBS News 24/7 como parte do Programa de Associados da CBS News.

A Associated Press contribuiu para esta reportagem.

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