Ingrediente surpreendente em sobremesas favoritas que aumenta o risco de ataque cardíaco

Cardiologistas alertam sobre um ingrediente frequentemente esquecido em sobremesas que pode causar pressão alta se consumido em excesso.

Normalmente usado como guarnição em biscoitos, pão com manteiga, pretzels macios e doces de caramelo, o sal marinho grosso contém mais sódio do que sua alternativa mais barata comprada em supermercados.

As pessoas apreciam a crocância e a combinação do salgado e do doce nas sobremesas, mas, inadvertidamente, estão comendo muito sal.

Como o sal grosso tem cristais maiores, ele pode parecer menos salgado por mordida, levando algumas pessoas a usar mais do que usariam com sal fino.

O consumo excessivo de sódio está associado à pressão alta, doenças cardíacas, derrames e problemas renais.

O corpo precisa apenas de uma pequena quantidade de sódio para funcionar adequadamente. O sódio é um eletrólito essencial que desempenha diversas funções cruciais no corpo, incluindo a manutenção do equilíbrio de fluidos e da pressão arterial, o suporte à função nervosa e a ativação das contrações musculares.

A maioria dos americanos consome muito sódio – 3.300 mg por dia em média, ou cerca de 40% a mais do que o limite recomendado de 2.300 mg.

As pessoas tendem a acreditar que o sal marinho grosso contém menos sódio do que o sal fino padrão, mas ambos contêm cerca de 40% de sódio.

O sal está presente em toda parte na dieta ocidental, não apenas em carnes processadas e salgadinhos, mas em alimentos insuspeitos, incluindo pães, sopas enlatadas, refeições congeladas, queijos, molhos e marinadas.

Segundo o CDC , estima-se que 89% dos adultos e cerca de 94% das crianças consomem muito sódio.

Comer muito sal é um dos principais causadores da pressão alta.

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A Organização Mundial da Saúde também estima que 1,9 milhão de mortes no mundo todo a cada ano podem ser atribuídas ao consumo excessivo de sal.

Como o sódio faz com que o corpo retenha líquidos, o volume sanguíneo e a pressão nas paredes das artérias aumentam.

A pressão alta é um fator de risco significativo para doenças cardíacas, derrames, doenças renais e outros problemas graves de saúde.

O Dr. Brent Egan, clínico geral e vice-presidente de saúde cardiovascular da Associação Médica Americana, disse : "Seriam necessários pouco mais de 1.000 miligramas por dia para chegarmos ao limite máximo recomendado."

"E se fizéssemos isso, provavelmente veríamos uma redução significativa na pressão arterial, ataque cardíaco e derrame."

Cerca de 116 milhões de americanos têm pressão alta. Aproximadamente 805.000 ataques cardíacos ocorrem a cada ano, assim como 795.000 derrames.

"Se alguém tem pressão alta, doença cardíaca, esse tipo de coisa, 1.500 miligramas provavelmente é uma meta melhor, mas para a população em geral que está realmente interessada em limitar o fardo de doenças crônicas, 2.300 miligramas é geralmente o recomendado", disse o Dr. Egan.

Muito sódio também causa inchaço — a sensação desconfortável de que o estômago está inchado e apertado.

Partes do corpo como mãos, pés e tornozelos tendem a inchar. E a sensação de sede toma conta devido à desidratação.

Excesso de sal antes de dormir também pode causar sono agitado. Estudos sugerem que dietas ricas em sal podem alterar os níveis de cortisol (hormônio do estresse), que regulam os ciclos de sono-vigília.

Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade Vanderbilt descobriu que reduzir a ingestão diária de sal em apenas uma colher de chá é tão eficaz quanto tomar medicamentos para pressão arterial.

Eles testaram dietas com alto e baixo teor de sal em centenas de pacientes, alguns dos quais tinham pressão alta, e descobriram que cortar uma lata de sopa Heinz por dia reduziu a pressão arterial das pessoas em seis por cento em uma semana.

Essa redução foi comparável à do diurético tiazídico hidroclorotiazida, um medicamento popular para pressão arterial.

“Obviamente, precisamos de sódio — é essencial para a vida”, disse o Dr. Egan. Mas “aqui estamos com uma ingestão média de 3.400 miligramas”.

"Agora o corpo tem que fazer muitos ajustes, mas podemos sobreviver com muito pouco sódio", disse ele, observando que "há muito pouco perigo neste país de que a maioria das pessoas não consuma sódio suficiente, mesmo que comam alimentos frescos e não processados.

"Eles ainda — na maioria dos casos — recebem mais sódio do que o necessário para o corpo", disse o Dr. Egan. "Vivemos em um estado de excesso praticamente constante."