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Coca-Cola, Nike, Tesla: Maioria dos europeus quer boicotar produtos dos EUA

Coca-Cola, Nike, Tesla: Maioria dos europeus quer boicotar produtos dos EUA

Em resposta ao aumento das tarifas punitivas dos EUA, mais de 60% dos consumidores europeus querem comprar mais produtos europeus em vez de produtos americanos. Este é o resultado de uma pesquisa representativa com 5.263 pessoas da Alemanha, Áustria, Suíça, França e Itália.

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O estudo, conduzido pelo instituto de pesquisa de mercado YouGov, foi encomendado pela Galaxus, a maior loja de departamentos online da Suíça e concorrente de empresas como a varejista americana Amazon.

De acordo com a Galaxus, a resistência está crescendo na Europa em vista do aumento das tarifas de importação dos EUA sobre produtos europeus. As políticas do governo Trump estão causando uma mudança no pensamento do público. De acordo com os resultados, cerca de 26% dos alemães consideram muito provável que comprarão conscientemente menos bens e serviços de empresas americanas no futuro. Outros 27% conseguem imaginar (“muito provavelmente”) evitar produtos como Coca-Cola, tênis Nike, telefones Apple ou carros Tesla. Nos outros quatro países pesquisados, os números são semelhantes: mais da metade dos entrevistados está pensando em boicotar produtos dos EUA.

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De acordo com a pesquisa, o interesse por alternativas europeias está aumentando. Essa tendência é particularmente forte na Suíça e na Áustria, onde 69% dos entrevistados declararam que muito provavelmente ou bastante provavelmente escolheriam produtos regionais. Segundo a pesquisa, esse número na Alemanha é de 61%.

É especialmente a população mais velha que procura produtos substitutos. De acordo com o estudo, aqueles com mais de 60 anos estão particularmente interessados ​​em tirar conclusões de acontecimentos no exterior. Destes, mais de 40% prefeririam alternativas europeias. Entre os entrevistados entre 15 e 29 anos, esse número representa apenas um em cada cinco.

Além disso, de acordo com a Galaxus, há outro “grande porém” que fala contra o apoio a fabricantes e prestadores de serviços nacionais. Embora haja uma disposição de mudar para ofertas regionais em todos os cinco países, o preço é, em última análise, o fator decisivo.

“Assim que a carteira é envolvida, a determinação diminui: embora muitos queiram comprar mais produtos europeus, apenas alguns estão dispostos a pagar mais por eles”, é uma das conclusões da pesquisa. Isso é claramente evidente na Itália, com índices de aprovação de apenas quatro por cento. Na Alemanha, como mostra o gráfico, oito por cento disseram que "definitivamente" estariam dispostos a aceitar um preço mais alto por produtos não americanos. Segundo as informações, mais da metade dos habitantes deste país são até contra pagar mais.

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Outra pesquisa representativa mostra que as decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, estão prejudicando o sentimento do consumidor. Em nome do portal de comparação Verivox, o instituto de pesquisa de opinião Innofact analisou especialmente o comportamento do consumidor alemão. Aqui também, 34,3% dos entrevistados declararam que já estavam usando menos produtos e serviços dos EUA. Outros 17% querem limitar seu consumo.

O boicote é particularmente evidente em smartphones. Um bom terço quer ou já reconsiderou seus hábitos de compras. Cerca de 30% dos entrevistados não querem mais usar hardware de computador americano e querem usar serviços de mídia social como Instagram e X com menos frequência ou nem usar. Os entrevistados estão mais hesitantes em relação ao serviço de mensagens WhatsApp. Apenas pouco menos de 17% dos entrevistados conseguem imaginar uma alternativa.

Além disso, 30% dos participantes da pesquisa duvidam que um boicote aos produtos dos EUA faça algum sentido. 36,3% dos alemães vão um passo além e acreditam que serviços americanos como WhatsApp e Amazon já estão tão presentes que são indispensáveis.

Uma rebelião maior contra a política "Make America Great Again" de Trump pode ser sentida nos países que o presidente dos EUA atacou pessoalmente, especialmente Canadá e Dinamarca. Nas lojas canadenses, por exemplo, garrafas da marca de uísque americana Jack Daniels foram retiradas das prateleiras. Na Dinamarca, os supermercados estão ajudando seus clientes a evitar deliberadamente produtos dos EUA. Várias lojas, incluindo as redes Netto, Fötex e Bilka, pertencentes ao gigante varejista “Salling Group”, agora indicam quais de seus produtos vêm da Europa colocando uma estrela na etiqueta de preço.

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A resistência também está crescendo na Internet. Já em março, circulavam online apelos com o objetivo de fazer um gesto obsceno aos EUA por meio de boicote a produtos. As ideias variam do cancelamento de assinaturas da Amazon ao boicote de alimentos americanos como a Coca-Cola. As vendas de carros da Tesla também estão caindo.

O protesto online progrediu tanto que um site foi lançado: no GoEuropean.org, os consumidores podem encontrar produtos alternativos da Europa. Em vez de Coca-Cola, por exemplo, estão listadas Fritz-Kola, Sinalco e Vita Cola da Alemanha. Se você quiser reservar suas férias, não precisa recorrer ao Airbnb, mas pode usar outros portais de reservas. E em vez de marcas de carros americanas, o site recomenda alternativas da Alemanha, França e Romênia: Audi, Dacia e Peugeot em vez de Tesla e Ford.

Semelhante aos estudos da Galaxus e da Verivox, uma análise mais atenta da internet também dá a impressão de que o mercado está longe de um boicote em massa aos produtos dos EUA.

RND/jla/dpa

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