PCP diz que privatizar a TAP é um “crime económico”

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, classificou como “crime económico” a privatização da TAP, lamentando a “pressa e agenda” que o Governo quer concretizar neste dossiê.
“Estamos perante uma das grandes empresas públicas, uma das maiores exportadoras nacionais, uma alavanca da nossa economia e do nosso tecido empresarial”, assinalou o líder comunista, considerando ainda a companhia aérea nacional como um “instrumento fundamental para dar resposta, mas não só, a um setor fundamental, com um peso extraordinário, até demasiado, que é o turismo”.
Paulo Raimundo reagia assim, no Parlamento, à decisão do Governo de avançar para a privatização de 49,9% do capital social da TAP (com 5% para os trabalhadores). “É mais um crime económico que está em curso”, reforçou o secretário-geral do PCP, que antes abordou a venda do Novo Banco, um “golpe” que o PCP quer travar, com uma iniciativa que vai ser discutida no Parlamento esta sexta-feira.
Quer na venda da TAP, quer na venda do Novo Banco, “com nuances, infelizmente há uma ampla maioria na Assembleia da República disponível para estes crimes económicos. Não só não estamos disponíveis para acompanhar como estaremos cá para lhes dar combate”, frisou.
No caso da companhia aérea, argumentou o líder comunista, trata-se de um ativo do qual o Estado “não só não se pode livrar” como “deve criar todas as condições para ter um papel mais acrescido no nosso país e no nosso desenvolvimento”.
~Luís Montenegro interrompeu o Conselho de Ministros desta manhã para anunciar que aprovou a privatização de 49,9% do capital social da TAP (com 5% para os trabalhadores), uma decisão que considerou o “pontapé de saída” para o processo de venda da companhia. Os detalhes da reprivatização serão conhecidos pelas 17 horas.
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