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UNFPA insta EUA a reconsiderar decisão de interromper financiamento

UNFPA insta EUA a reconsiderar decisão de interromper financiamento

Ajuda humanitária

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) emitiu uma declaração hoje expressando "profundo pesar" pelo anúncio do governo dos EUA de que deixaria de financiar a organização, citando a Emenda Kemp-Kasten.

Em questão está uma disposição da lei dos EUA que proíbe o fornecimento de ajuda estrangeira a instituições envolvidas no fornecimento ou apoio a abortos ou esterilizações forçadas. O UNFPA enfatizou que os Estados Unidos tomaram a decisão em conexão com “alegações infundadas” sobre as atividades da agência na China, que “foram refutadas há muito tempo — inclusive pelo próprio governo dos EUA”.

O fundo já recebeu notificações de encerramento para mais de 40 projetos humanitários no valor total de aproximadamente US$ 335 milhões. O fim abrupto dos programas humanitários aumentará ainda mais a carga sobre um sistema de saúde pública global já sobrecarregado, enfatizou o UNFPA. Isso, por sua vez, cortaria o apoio vital para milhões de pessoas em crise. Além disso, por exemplo, as parteiras que salvam vidas durante o parto perderão apoio. Esses investimentos são reconhecidos como uma das medidas mais eficazes para promover o desenvolvimento e produzem resultados positivos por gerações.

A parceria do UNFPA com os Estados Unidos, um membro fundador, ajudou a construir um mundo mais seguro, resiliente e próspero por décadas, disse a agência. “Juntos, fortalecemos os sistemas de saúde, salvamos milhões de vidas e melhoramos as perspectivas econômicas de famílias e comunidades em todo o mundo”, observou a organização. Somente nos últimos quatro anos, de acordo com o UNFPA, o financiamento do governo dos EUA expandiu o acesso ao planejamento familiar voluntário e evitou mais de 17.000 mortes maternas, 9 milhões de gravidezes indesejadas e quase 3 milhões de abortos inseguros.

Em seu comunicado, a organização manifestou interesse em continuar o diálogo aberto com o governo dos EUA, inclusive por meio do Conselho Executivo do UNFPA, do qual o país é membro.

“Apelamos aos Estados Unidos para que reconsiderem sua posição e reassumam seu papel de liderança em saúde pública global para salvar milhões de vidas. Financiar o UNFPA, a única agência da ONU dedicada à saúde e aos direitos reprodutivos, é a maneira mais confiável de reduzir os riscos de práticas coercitivas em todo o mundo”, afirma o documento.

A Fundação acrescentou que sua equipe e parceiros estão comprometidos em continuar seu trabalho por segurança, dignidade, progresso e esperança para todas as mulheres e meninas do planeta.

"Cumpriremos implacavelmente nosso mandato e nossa promessa coletiva às mulheres e meninas em todos os lugares", disse a agência da ONU.

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