Compra da Sky: RTL aproveita a última chance

À primeira vista, é um verdadeiro casamento de elefantes: a maior empresa privada de televisão está adquirindo a pioneira da TV paga, e já se fala em um "campeão nacional". Se você estreitar demais a perspectiva, tudo parece grande.

Mas, mesmo juntas, a RTL e a Sky estão muito atrás da Netflix e da Amazon Prime no mercado de streaming e assinaturas de língua alemã. As empresas americanas inventaram o futuro da televisão e dominam esse mercado, que opera de acordo com regras diferentes das da televisão linear.

A aquisição da divisão alemã da Sky pode ter sido a última chance da RTL de, pelo menos, participar desse novo jogo. O mercado de publicidade na televisão tradicional está encolhendo, e seu próprio serviço de streaming, a RTL+, está longe de conseguir compensar o déficit. Sem o acordo, o grupo televisivo do Grupo Bertelsmann ameaçava passar da estagnação ao declínio.

O Grupo RTL está adquirindo a subsidiária alemã da Sky. Os serviços de streaming RTL+, Wow e Sky estão se tornando empresas irmãs. O que isso significa para os telespectadores e para a indústria da TV? Perguntas e respostas essenciais.

A compra tem um grande apelo. O preço é razoável — pelo menos em comparação com os anos anteriores. Os programas se complementam, assim como os grupos de usuários. A marca Sky está consolidada, especialmente entre os fãs de esportes. E um total de mais de dez milhões de assinantes representa um verdadeiro avanço neste negócio que depende do tamanho.

Também não há necessidade de se preocupar com a diversidade da programação. Muito pelo contrário: o novo tamanho deve facilitar a aquisição de conteúdo ou a produção para o mercado doméstico. A previsível disrupção dos negócios causada pela inteligência artificial também será mais fácil de administrar. Portanto, a aquisição da Sky pode ser um movimento libertador para a RTL – bem a tempo.